Construída pelo rei Birger no século XIII, a fortaleza de Gullberg coloca um contexto histórico relevante à descoberta. O local já foi seu quinhão de vários conflitos, resultando em múltiplas etapas de destruição e reconstrução entre os séculos XIV e XVII. O que resta da fortaleza é um testemunho da turbulência desse período, marcada pelo ataque destrutivo das tropas dinamarquesas em 1612.
A adaga em si apresenta uma lâmina de ferro que foi encontrada quebrada; a ponta da lâmina se perdeu, e a borda está bastante danificada. Contudo, o cabo de madeira feito de vidoeiro, adornado com círculos, ainda é suficientemente intrigante. Na mesma camada de escavação, arqueólogos descobriram virotes de besta, o que sugere que a adaga estava integrada às práticas de combate da época, possivelmente utilizada em batalhas que envolveram essa fortaleza estratégica.
Além dos artefatos mencionados, a escavação trouxe à tona outros itens militares significativos, como balas de canhão e balas de mosquete. Um curioso espalhador de areia, utilizado para polvilhar areia fina sobre textos escritos e absorver o excesso de tinta, também foi encontrado, revelando hábitos de escrita e documentação daquela era.
Com a fundação de Gotemburgo em 1621, a colina de Gullberg foi limpa para a construção de um reduto, sublinhando a sua importância militar na defesa contra invasões. A descoberta da adaga e outros artefatos militares não só enriquecem o conhecimento sobre a vida cotidiana e a cultura bélica dos suecos na Idade Média, mas também sublinham a relevância contínua do local como um centro de história e arqueologia na Suécia.