Desemprego nos EUA provoca queda do dólar, que chega a R$ 5,54, e amplia incertezas nos mercados internacionais.

No início de agosto, o dólar apresentou uma queda significativa, encerrando o dia cotado a R$ 5,545, após a divulgação de dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Enquanto a moeda americana desvalorizava, a bolsa brasileira também sentiu os efeitos, fechando em uma oscilação negativa.

Durante a manhã, o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,62, influenciado inicialmente por novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump a diversos países, porém a moeda perdeu força ao serem divulgados os dados sobre o emprego nos Estados Unidos. Em um cenário preocupante, apenas 73 mil novas vagas formais foram criadas em julho, e a taxa de desemprego subiu para 4,2%. Esses números alimentaram as expectativas de uma possível redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, já em setembro, uma ação que poderia ter repercussões financeiras em países emergentes.

A volatilidade do mercado foi acentuada pela renúncia de uma diretora regional do Fed e a demissão da chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho, indicando que aliados de Trump poderiam ocupar essas posições e aumentar a pressão por cortes nas taxas de juros. Essa incerteza econômica fez com que investidores reconsiderassem seus posicionamentos em ativos emergentes, levando a uma saída de capitais.

No mercado acionário brasileiro, o índice Ibovespa, que representa as maiores empresas listadas na B3, fechou a 132.437 pontos, registrando uma baixa de 0,48%. Essa desvalorização foi motivada tanto pelas tensões comerciais com os Estados Unidos quanto pelo desempenho fraco de bolsas internacionais. Além disso, rumores sobre possíveis sanções por parte do governo Trump a bancos brasileiros ligados ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, impactaram negativamente as ações do Banco do Brasil, que caíram 6,85% no dia.

Esses eventos refletem um quadro complexo e volátil da economia global, onde mesmo decisões internas em grandes economias como os EUA podem influenciar mercados a milhares de quilômetros de distância. A monitorização contínua dos dados de emprego e decisões monetárias será crucial para compreender a trajetória futura do dólar e seus efeitos sobre o cenário econômico no Brasil.

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