Os apontamentos feitos durante a cúpula refletem um descontentamento crescente com a hegemonia ocidental. A formação de um “BRICS+” com a inclusão de novas nações indica um movimento em direção à multipolaridade, o que sinaliza a intenção dos países em desenvolvimento de buscarem alternativas ao sistema atual de regras, frequentemente visto como desigual. O aumento substancial do interesse por adesões ao BRICS, conforme relatado por analistas, evidencia uma vontade de criar parcerias que não sejam limitadas pelas imposições do ocidente.
Um dos tópicos mais discutidos foi a questão da desdolarização, acompanhado por um foco na acumulação de reservas em ouro. Muitos países do BRICS, conscientes da volatilidade do dólar, estão explorando novas formas de transações financeiras que não dependam da moeda estadounidense. Isso não é apenas uma estratégia econômica, mas também uma ação simbólica, sinalizando um rompimento com um sistema que historicamente privilegia as economias mais desenvolvidas.
Além disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, também participou ativamente dos diálogos, destacando a importância da cúpula como uma plataforma para abordar questões globais de relevância. Guterres elogiou o BRICS por seu potencial em resolver problemas que afetam nações ao redor do mundo, reforçando a ideia de que a cooperação entre países em desenvolvimento é essencial para enfrentar os desafios contemporâneos.
Assim, com a cúpula do BRICS como um marco, o mundo observa com crescente interesse o desdobramento desta tentativa de redefinir a dinâmica de poder global, que pode não apenas mudar a política internacional, mas também as relações econômicas e sociais entre as nações.