O pilão, medindo 51 metros de comprimento, é composto por duas torres que se erguem a 24 metros de largura e são separadas por um majestoso portão de entrada. Inicialmente, os especialistas estimam que essa construção teria atingido uma altura impressionante de até 18 metros, destacando-se como um dos marcos mais significativos da arquitetura ptolomaica. Os primeiros estudos indicam que este portão remonta ao reinado de Ptolomeu VIII, que pode ter sido o fundador do templo.
A descoberta foi conduzida por um grupo de arqueólogos da Universidade de Tubinga, na Alemanha, em colaboração com o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. Durante a limpeza do pilão, arqueólogos se depararam com inscrições hieroglíficas na fachada e nas paredes internas. Essas inscrições são de grande importância, pois podem oferecer mais informações sobre os rituais e a deidade venerada na região, que incluía o deus Min-Re e sua família, a deusa Repyt e o deus-criança Kolanthes.
Athribis servia como um importante centro de adoração e possuía um complexo que incluía não apenas o templo, mas também um assentamento urbano, uma necrópole e várias pedreiras antigas. Essa diversidade indica a relevância tanto religiosa quanto econômica da cidade durante os períodos ptolomaico e romano.
Os arqueólogos estão otimistas sobre o potencial desta descoberta para expandir o conhecimento sobre a civilização ptolomaica, e encontram-se determinados a continuar as escavações para desvendar mais segredos desta fascinante parte da história egípcia. A descoberta não apenas enriquece a arqueologia do Egito, mas também reforça a importância da conservação do patrimônio cultural, que continua a ser uma janela para os mistérios e a grandeza das civilizações antigas.