Essa descoberta é de extrema importância, uma vez que Caral é atribuída como a primeira sociedade a alcançar um nível avançado de desenvolvimento urbano e social na América. O edifício recém-encontrado, coberto por árvores secas e vegetação, revelou três plataformas sobrepostas, paredes de pedras com huancas posicionadas verticalmente e uma escadaria central que permitia o acesso ao topo.
A liderança da arqueóloga Ruth Shady neste projeto multidisciplinar visa entender melhor o traçado urbano de Chupacigarro, complementando a valorização deste centro urbano para futuras visitas públicas. Chupacigarro é parte de um sistema maior que inclui vários sítios arqueológicos no vale de Supe, todos pertencentes à antiga civilização de Caral.
Os especialistas destacam que as construções em Chupacigarro variam em tamanho e orientação, indicando razões funcionais e estruturais distintas. O local abrangia uma área significativa de 38,59 hectares e era estrategicamente posicionado próximo ao litoral e a florestas ribeirinhas, permitindo fácil acesso a recursos naturais essenciais para seus habitantes.
Além disso, um dos achados mais marcantes em Chupacigarro é um geoglifo de 62,1 metros por 30,3 metros, com uma representação de uma cabeça de perfil no estilo pré-hispânico do norte. Essa imagem peculiar, visível apenas de determinado ponto do assentamento, apresenta detalhes impressionantes que revelam a complexidade artística e cultural da antiga civilização.
A descoberta do novo edifício piramidal em Chupacigarro reforça a importância e o valor histórico desses sítios arqueológicos na compreensão e preservação da rica herança cultural da civilização de Caral, considerada uma das mais antigas e avançadas das Américas. A continuidade das pesquisas e estudos nesses locais proporciona insights incríveis sobre o passado e a complexidade das sociedades pré-hispânicas na região.