O retrato foi encontrado durante a restauração dos afrescos do Antigo Mosteiro dos Arcanjos, em Aigialeia. Sob camadas de tinta e restos de outros afrescos, os historiadores se depararam com a representação vívida de Constantino XI. O imperador é retratado vestido com um elaborado manto imperial, adornado com bordados em ouro e as emblemáticas águias de duas cabeças, símbolo da dinastia Paleólogo. Em sua mão, ele segura um cetro com uma cruz, uma clara identificação de seu status régio.
A pesquisadora Anastasia Koumousi, chefe da Diretoria de Antiguidades da região, destacou a importância do achado ao afirmar que o retrato não é simplesmente uma obra de arte, mas uma representação fiel do próprio imperador, desenhada por um pintor que se baseou em sua percepção pessoal da figura imperial. Isso adiciona uma camada adicional de singularidade ao afresco, visto que ele permanece como a única imagem sobrevivente de Constantino XI feita durante sua vida.
A descoberta não apenas reafirma a relevância histórica do império bizantino, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a iconografia imperial daquela época. Ao resgatar essa parte da história, pesquisadores esperam aprofundar o entendimento sobre a cultura e a política do Império Bizantino nas vésperas de sua queda. A comunidade acadêmica e o público estão ansiosos para ver como essa descoberta influenciará futuros estudos sobre o último período do império romano do Oriente e suas consequências para a história europeia.