Os arqueólogos desenterraram o que se acredita ser uma villa, caracterizada por suas salas de serviço dispostas ao redor de um pátio central, cercadas por colunas de tijolos sem reboco. Essa estrutura evidencia a função produtiva do espaço dentro do sistema agrícola da época. Em meio a essas escavações, foram descobertas pinturas murais vibrantes na Villa Cuomo, que ilustram cenas de colheita de uvas, uma representação diretamente ligada ao culto a Dionísio, o deus do vinho e da festividade. Tal iconografia destaca não apenas a importância da viticultura na agricultura romana, mas também o papel social e religioso que o vinho desempenhava na vida cotidiana da população.
Importante ressaltar que, para assegurar a preservação dessas pinturas, foram iniciados exames diagnósticos utilizando técnicas não invasivas, bem como análises laboratoriais de amostras retiradas dos murais. Essas iniciativas buscam um entendimento mais profundo sobre a composição dos pigmentos e materiais empregados pelos antigos romanos, apresentando uma oportunidade inestimável para o estudo da arte e técnicas de pintura da época.
As autoridades locais sublinharam a relevância desta descoberta para a valorização do patrimônio cultural regional. Segundo um representante das autoridades, “O futuro de nosso território é construído com o reconhecimento do valor de nossas origens. Essas pinturas não são apenas arte; elas nos transmitem uma mensagem de identidade, lembrando-nos que terra, fé e cultura estão profundamente entrelaçadas.”
Com cada nova descoberta, Pompeia se revela como uma janela para o passado, oferecendo aos pesquisadores uma rica fonte de informações sobre a vida e os costumes dos antigos romanos, além de reafirmar a importância de proteger e valorizar esses vestígios históricos.