Entre os artefatos encontrados, destacam-se doze peças de cerâmica conhecida como Karaz, que remontam ao período entre 4000 e 3000 a.C. Além disso, um pote pintado, elaborado com motivos inspirados em cabras das montanhas e com datação de 3200 a.C., foi desenterrado. Mas um dos achados mais intrigantes são duas fornalhas sagradas, cujas decorações de touros indicam um uso ritualístico, possivelmente associado a práticas religiosas da época.
Essas fornalhas, que possuem cerca de 6.000 anos, são particularmente significativas, pois oferecem uma visão aprofundada das crenças espirituais e da dinâmica social daquele período. Estima-se que, na Antiguidade, quando o fogo era reverenciado como uma entidade sagrada, estas estruturas eram utilizadas em rituais que simbolizavam a união familiar e representavam a centralidade do fogo nas comunidades locais.
O governador de Elazig, Numan Hatipoglu, compartilhou a notícia das descobertas por meio de suas redes sociais, enfatizando a importância desses achados para o entendimento das origens culturais da região. O castelo de Tadim e o morro que o acompanha oferecem um cenário propício para novas pesquisas, com arqueólogos esperançosos de que mais camadas de história ainda possam ser reveladas conforme as escavações avançam.
Essas descobertas reafirmam a Turquia como um importante território para o estudo da civilização antiga e suas práticas, fornecendo informações valiosas não apenas sobre os costumes e a vida cotidiana dos povos que ali habitavam, mas também sobre as interações sociais e religiosas que moldaram esta parte do mundo ao longo dos milênios. Com o potencial para futuras revelações, o sítio de Tadim se torna um ponto focal para a arqueologia e a preservação da história humana.