O “salão”, com dimensões de 49 por 21 metros, é cercado internamente por 56 pedras verticais que podem chegar a 1,8 metro de altura. No entanto, seu propósito exato permanece envolto em mistério. Autores da pesquisa especulam que este local pode ter desempenhado um papel importante nas celebrações ou cerimônias de uma comunidade antiga. A estrutura, que foi conhecida pelo nome desde 1583, não foi construída, como muitos poderiam pensar, em homenagem ao lendário rei Arthur, uma figura cujos feitos se perderam nas brumas da história há mais de mil anos.
Os especialistas afirmam que não existe paralelos com outras construções da mesma época, o que confere a esta estrutura um caráter único na Grã-Bretanha e até mesmo na Europa. James Gossip, principal arqueólogo envolvido na pesquisa, sublinha que não há nada semelhante no contexto pré-histórico, o que levanta questões sobre a vida social e cultural das comunidades que habitavam essa área há milênios.
É interessante notar que o nome “Salão do Rei Arthur” pode ter sido atribuído durante a Idade Média, quando muitos locais passaram a ser nomeados com referência a lendas e figuras históricas. Gossip destaca que durante esse período, o nome Arthur foi associado a diversos locais que a população da época não compreendia totalmente.
Este achado não só enriquece o entendimento sobre a pre-história da Cornualha, mas também nos lembra da complexidade da evolução social e cultural que moldou a história da Inglaterra. As futuras investigações e estudos podem trazer ainda mais luz sobre a função e a importância dessa notável estrutura.