O canhão tem 42 polegadas de comprimento e pesa cerca de 40 libras, aproximadamente 18 quilos. Os pesquisadores acreditam que ele faz parte da expedição de Francisco Vázquez de Coronado, um conquistador espanhol que, em 1539, liderou um grupo de 350 soldados em busca das míticas Sete Cidades de Ouro, que supostamente estariam localizadas ao norte do México. O fato de o canhão ter sido encontrado em um site associado diretamente a essa expedição acrescenta uma camada significativa à compreensão das forças e das táticas usadas pelos conquistadores na época.
Designado como uma “arma de muralha”, o canhão geralmente era utilizado defensivamente, fixado em tripés de madeira em muros de fortificações. No entanto, fontes históricas indicam que, durante as campanhas de Coronado, o canhão poderia ter sido empregado em combates ofensivos para brechar estruturas indígenas. A natureza mais simples da sua fundição sugere que, ao contrário de canhões mais elaborados construídos na Espanha, este artefato possivelmente foi fabricado no México ou no Caribe.
Os pesquisadores também encontraram outros itens significativos nas escavações, incluindo cerâmica europeia e fragmentos de jarros de vidro, o que indica a rica intersecção cultural e os impactos duradouros da colonização na região. As descobertas não apenas enriquecem a narrativa histórica da presença espanhola nas Américas, mas também sublinham a importância da arqueologia na reinterpretação de eventos históricos. Este canhão se torna, assim, uma janela para um passado intricado e dramatiza a luta pelo controle e pela sobrevivência nas terras que hoje compõem os Estados Unidos. A pesquisa continua, prometendo revelar ainda mais sobre essa fascinante era de exploração e conquista.