Descoberta na Lua: Análise de amostras revela ressurgimento inesperado no campo magnético lunar, desafiando teorias anteriores das missões Apollo.

Pesquisadores têm se deparado com novas e intrigantes descobertas sobre o lado oculto da Lua, graças à recente missão da sonda lunar Chang’e-6, desenvolvida pela China. Após a coleta de amostras de rocha, os cientistas conseguiram trazer à tona informações que desafiam as teorias estabelecidas previamente pela NASA durante as missões Apollo. Essa análise se tornou um marco na compreensão do campo magnético lunar e da história geológica do nosso satélite natural.

Os cientistas, liderados pelo geólogo Cai Shuhui, do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia de Ciências da China, apresentam uma nova perspectiva sobre a origem e a evolução do campo magnético da Lua. Anteriormente, acreditava-se que o campo magnético lunar havia diminuído significativamente há aproximadamente 3,1 bilhões de anos e se mantinha em um estado passivo desde então. Entretanto, as amostras coletadas pela Chang’e-6, totalizando 1.935,3 gramas de rochas, indicam que a Lua experimentou um ressurgimento do seu campo magnético há 2,8 bilhões de anos. Isso sugere não apenas uma dinâmica interna mais complexa do que se pensava, mas também a possibilidade de que a Lua já teve um “gerador” magnético similar ao da Terra.

Esse “gerador” lunar, que aparentemente deixou de operar faz muito tempo, poderia ter fornecido uma proteção contra as intempéries cósmicas, assim como o campo magnético terrestre protege nosso planeta. A nova pesquisa levanta questões sobre a mudança nas fontes de energia que poderiam ter sustentado esse gerador, indicando uma possível reativação ou reforço de mecanismos que impulsionariam a geração de um campo magnético.

À medida que mais informações surgem sobre a Lua e seu passado, torna-se evidente que este corpo celeste ainda guarda muitos segredos. Futuras investigações poderão esclarecer como esses fenômenos magnéticos moldaram não apenas a própria Lua, mas também as condições para a vida na Terra. Assim, a missão Chang’e-6 não apenas expande nosso entendimento sobre o satélite natural, mas também contribui para uma visão mais abrangente da formação e evolução do nosso sistema solar.

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