A estrutura, situada a um quilômetro a oeste de Caral-Supe, Patrimônio Mundial da UNESCO, é composta por paredes de pedra que formam ao menos três plataformas sobrepostas. Os arqueólogos identificaram grandes pedras verticais, denominadas “huancas”, que marcam os cantos do edifício e indicam a presença de uma escada central que levava ao topo da pirâmide. O caráter cerimonial da edificação é enfatizado, sugerindo que ela poderia ter desempenhado um papel importante nas práticas sociais e rituais da época.
Chupacigarro está integrado a uma rede de estruturas interconectadas que se estende por vários locais arqueológicos naquela área. A diversidade arquitetônica observada nas construções locais é notável, variando em tamanho, orientação e características formais, o que reflete as diferentes funções que os edifícios podem ter desempenhado na sociedade antiga. Essa variedade indica uma rica tapeçaria de interações e funções sociais dentro da comunidade Caral.
Outro aspecto fascinante da pesquisa é a localização estratégica de Chupacigarro, que parece ter sido projetada para facilitar trocas e relações comerciais entre as diferentes comunidades do Peru antigo. Este ponto estratégico oferece uma visão sobre como os povos do Vale do Supe e da costa de Huaura se comunicavam e negociavam entre si.
Entre as descobertas mais impressionantes está um geoglifo, representando um perfil de cabeça em estilo Sechín, que mede 62,1 por 30,3 metros. Esta figura, claramente visível a partir de um ponto específico do assentamento, foi criada com pedras angulares e destaca o nível de sofisticação artística alcançado por essas antigas civilizações.
Essas descobertas arrebatadoras não apenas ampliam o conhecimento sobre a civilização Caral, mas também sublinham a relevância do Peru como um berço de culturas complexas e interconectadas na antiguidade. As investigações continuam, prometendo ainda mais revelações sobre o rico legado arqueológico do país.