Descoberta de Capacete Romano na Dinamarca Revela Segredos do Império em Escavação Histórica



Recentemente, uma descoberta arqueológica de grande importância foi feita na Dinamarca, onde pesquisadores escavaram o primeiro capacete romano já encontrado no país e apenas o segundo em toda a Escandinávia. O achado ocorreu em um sítio que remonta à Idade do Ferro, e os arqueólogos acreditam que o capacete esteja ligado a rituais conhecidos como “sacrifício de armas”, práticas documentadas que aconteceriam após batalhas ou à morte de figuras significativas daquele período.

A escavação revelou um vasto conjunto de armamentos, incluindo 119 lanças e pontas de lança, oito espadas, cinco facas, três pontas de flecha, uma cabeça de machado e uma armadura de cota de malha. Além dos itens militares, foram encontrados objetos não bélicos, como dois anéis de juramento, uma corneta, um freio de cavalo e inúmeras fragmentações de pedras e cerâmicas. Essa diversidade de artefatos reforça a ideia de que os povos que habitavam a região estavam em contato com práticas culturais complexas e rituais significativos.

As análises por raios X das placas de ferro sugerem que o capacete tinha partes dobradas sobre as áreas das bochechas e do pescoço, pontos vulneráveis no campo de batalha, onde um legionário poderia facilmente ser ferido. Os pesquisadores especulam que o capacete pode ter chegado à escandinávia como um saque ou através de rotas comerciais estabelecidas entre os romanos e as tribos germânicas.

Curiosamente, as armas foram encontradas em dois edifícios distintos, onde estavam dispostas de maneira a indicar um propósito cerimonial, e não como material de guerra em uso cotidiano. Em um dos locais, as armas foram enterradas em um buraco vazio, enquanto no outro estavam comprimidas em torno das estruturas de sustentação do telhado, demonstrando que a prática do enterro acompanhado de armamentos tinha um caráter ritualística.

Esses achados arqueológicos não apenas elucidam aspectos da história militar e das relações culturais entre os romanos e os germânicos, mas também abrem novas discussões sobre as interações nesses tempos antigos, especialmente em regiões menos exploradas da Europa.

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