Descoberta arqueológica revela ruínas do Forte São Francisco Xavier de Tabatinga, construído no século XVIII e crucial na disputa territorial entre Portugal e Espanha.

A seca severa que assola o Alto Solimões trouxe à tona um importante achado arqueológico: as ruínas do Forte São Francisco Xavier de Tabatinga. Erguido no século XVIII, o forte desempenhou um papel fundamental na presença portuguesa na região, durante os conflitos territoriais com a Espanha. Com a baixa do nível das águas, as ruínas, que estavam submersas, emergiram quando o rio atingiu a menor cota histórica já registrada em Tabatinga, marcando -0,94 metro.

O historiador Luiz Ataíde, há duas décadas estudando a área, fez descobertas significativas no local. Entre os artefatos encontrados estão peças de louça e munições utilizadas no forte, que foi inicialmente construído com taipa e palha, e posteriormente reformado em alvenaria entre os anos de 1872 e 1874. Ataíde ressaltou a importância estratégica da fortificação na defesa contra as investidas espanholas e nos acordos históricos que asseguraram a soberania portuguesa na região.

Para homenagear os militares que defenderam esse território, o Exército Brasileiro criou um memorial com parte da estrutura original do forte, que agora está aberto à visitação pública no Museu do Comando de Fronteira Solimões, localizado dentro do Parque Zoobotânico de Tabatinga. O sargento Bruno, responsável pelo memorial, destacou a relevância histórica da atuação militar que contribuiu para manter a região sob domínio português.

O ressurgimento das ruínas do Forte São Francisco Xavier de Tabatinga durante a seca no Alto Solimões despertou o interesse da comunidade local e de pesquisadores, que agora buscam compreender mais sobre a história e a importância desse patrimônio histórico para a região.

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