As escavações revelaram uma imponente acrópole que se estende por pelo menos sete acres, evidenciando a magnitude do assentamento. O que tem impressionado os pesquisadores é a diversidade de artefatos encontrados, incluindo machados de pedra, moedas antigas, um bilhete de barro possivelmente relacionado a peças teatrais, cerâmicas, e até mesmo jogos e ferramentas têxteis. Essas descobertas oferecem uma visão clara do estilo de vida sofisticado que existia por volta de 360 a.C., evidenciando um ambiente muito mais complexo do que os historiadores haviam considerado até agora.
Técnicas arqueológicas modernas têm contribuído significativamente para essas descobertas, com o uso de radar de penetração no solo e tecnologia de LIDAR, acionada por drones, permitindo que os pesquisadores mapearam a extensão do assentamento. Entre os itens notáveis encontrados, uma moeda datada da época de Alexandre, o Grande, sugere uma ocupação humana que pode ser traçada até a Idade de Bronze, entre 3.300 a.C. e 1.200 a.C.
Os artefatos desenterrados, que têm idades variando de 360 a.C. até 670 d.C., indicam um longo histórico de habitação e desenvolvimento cultural. Gradishte se destaca como um dos primeiros estados modernos da Europa, desempenhando um papel crucial na evolução política e cultural da região. Esta redescoberta não apenas altera a percepção sobre a história da Macedônia do Norte, mas também ilustra a interconexão entre civilizações antigas, contribuindo para um entendimento mais profundo do desenvolvimento de estados e sociedades na Europa primitiva. As implicações desta pesquisa serão ressentidas na história da região, reafirmando a importância dessas terras nos ciclos culturais e comerciais da antiguidade.