Descoberta Arqueológica: Pá de Madeira de 3.500 Anos é Encontrada em Dorset, Revelando Segredos da Idade do Bronze



Uma descoberta arqueológica impressionante foi feita em Dorset, no Reino Unido, onde especialistas da Wessex Archaeology encontraram uma pá de madeira notavelmente rara, datando de aproximadamente 3.500 anos. Este achado, considerado um dos mais antigos e bem preservados desse tipo já encontrado na região, foi descoberto durante um projeto de construção de habitats costeiros em Poole Harbour.

As primeiras análises indicaram que a pá pertence à Idade do Bronze, um período que marcou significativas transformações culturais e tecnológicas nas sociedades humanas. O arqueólogo Phil Trim, que liderou a equipe nas escavações, descreveu a descoberta como “única na carreira”, destacando sua relevância não apenas para a arqueologia, mas também para o entendimento do desenvolvimento cultural das comunidades daquela época.

Um aspecto que contribuiu para a preservação deste artefato foi as condições alagadas do local da escavação. A água, ao privar o material orgânico do oxigênio, permitiu que a pá sobrevivesse por milênios, algo que raramente ocorre em sítios arqueológicos comuns. Esse fator é especialmente significativo, visto que materiais como a madeira geralmente não se preservam bem ao longo do tempo.

A pá foi encontrada em uma vala circular, que acredita-se ter sido construída por comunidades da Idade do Bronze para fins de controle de inundações. Os arqueólogos sugerem que esses grupos não habitavam a área permanentemente, mas sim a visitavam durante o verão, explorando recursos locais e coletando turfas, um tipo de material vegetal parcialmente decomposto.

Em um passo crucial para garantir a longevidade da pá, especialistas irão realizar um processo de conservação que inclui a impregnação do artefato com um polímero solúvel em água. Esse procedimento é vital, pois previne o encolhimento da madeira durante o processo de liofilização, que envolve congelamento e a remoção do ar para armazenamento seguro.

A importância dessa descoberta se estende além do seu valor histórico; ela fornece uma janela para as práticas e a vida cotidiana das comunidades que existiram na Idade do Bronze, oferecendo novos insights sobre como eles interagiam com seu ambiente e gerenciavam recursos.

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