Segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE, a situação ambiental e socioeconômica dos municípios situados na Caatinga em Alagoas reflete a realidade desafiadora enfrentada pela região. Com mais de 390 mil domicílios na área do bioma, o acesso à água e à infraestrutura adequada se mostram como obstáculos significativos para a população local.
A falta de acesso à rede geral de distribuição de água é um dos principais problemas enfrentados pelos moradores da região da Caatinga em Alagoas. Enquanto a média do estado é de 68% dos domicílios conectados à rede, na Caatinga esse índice cai para 58%, evidenciando a discrepância existente. Municípios como Ouro Branco, Coité do Nóia e Cacimbinhas apresentam percentuais ainda mais baixos de acesso à água encanada, o que acaba impactando diretamente na qualidade de vida das pessoas que vivem nessas localidades.
Além da questão do abastecimento de água, a desigualdade sanitária também é um problema grave na região da Caatinga. A falta de saneamento básico adequado é preocupante, com apenas 12,3% dos domicílios conectados à rede de esgotamento sanitário. Municípios como Coité do Nóia chegam a ter 97,5% das residências com esgotamento sanitário por fossa rudimentar ou buraco, o que está muito aquém das diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico.
Diante desse cenário, é fundamental que os gestores públicos e a população local estejam atentos às demandas e necessidades da região da Caatinga em Alagoas, buscando soluções sustentáveis e eficazes para garantir o bem-estar e a qualidade de vida de todos os habitantes dessas áreas tão importantes para a biodiversidade e a cultura do país.