Deputados independentes articulam proposta de emenda à Constituição para controlar gastos públicos e apresentam economia potencial de R$ 1,1 trilhão em 10 anos.

No cenário político atual, o governo do ex-presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), está se preparando para anunciar um pacote de corte de gastos após as Eleições Municipais de 2024. Enquanto isso, deputados independentes estão se articulando para apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa controlar o crescimento das despesas primárias.

De acordo com o deputado Julio Lopes (PP-RJ), a proposta tem o objetivo de estabilizar o país e equilibrar as áreas fiscal e social. Além de Lopes, os deputados Kim Kataguiri (União-SP) e Pedro Paulo (PSD-RJ) estão envolvidos na articulação da proposta.

O texto da PEC, elaborado pelo consultor legislativo da Câmara Paulo Bijos, propõe a criação do Programa de Equilíbrio Fiscal Estrutural a nível federal, buscando alinhar as despesas primárias com os limites estabelecidos pelo arcabouço fiscal. Entre as medidas propostas pela PEC estão a desindexação de despesas públicas em relação ao salário mínimo e a desvinculação de despesas em relação à receita.

Os parlamentares justificam que o salário mínimo não deve ser utilizado como indexador de despesas públicas previdenciárias ou assistenciais, e propõem uma revisão dos critérios de elegibilidade e vigência do abono salarial. Além disso, a PEC sugere a limitação de indenizações remuneratórias e a aplicação de um redutor temporário sobre as renúncias fiscais.

Estima-se que as medidas propostas pela PEC possam gerar economias significativas nos próximos anos, contribuindo para o equilíbrio fiscal do país. O governo pretende apresentar o texto ao Congresso esta semana, após ajustes e alinhamentos com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Apesar do recesso parlamentar se aproximar, há otimismo em relação à aprovação do pacote até o final do ano.

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