O embate teve início a partir do discurso do deputado André Silva, do partido Republicano e irmão do prefeito reeleito Leandro Silva, do MDB. Silva utilizou seu tempo na tribuna para defender sua mãe, Rejane Silva, e seu irmão, Valdir Silva, ambos foragidos desde que tiveram suas prisões decretadas. Eles são acusados de participação no planejamento da emboscada que resultou na morte de Farias.
Durante seu pronunciamento, o deputado Fernando Pereira, do Partido Progressista (PP), conhecido por levantar questões relacionadas à motivação política por trás do crime desde o início das investigações, reiterou sua posição na ALE. Segundo Pereira, a tragédia que vitimou Adriano Farias tem motivações políticas e ele sempre sustentou essa hipótese.
André Silva não se conteve e expressou sua indignação com o que chamou de tentativa de manipulação dos fatos e uso da tragédia como instrumento de ataques políticos. Afirmou que sua família vem sofrendo perseguições desde que assumiu o poder na última eleição.
Mencionou a disputa política acirrada entre as famílias Silva e Pereira, citando vitórias e derrotas eleitorais recentes. Silva acusou o deputado Fernando Pereira de promover uma campanha antiética e antidemocrática, culpando-o por tentar associar a tragédia à sua família.
Fernando Pereira negou as acusações de perseguição e ataque à família Silva, destacando o papel da Justiça na elucidação do caso. Abordou também a importância da liberdade de expressão e ressaltou a necessidade de respeito mútuo entre os políticos.
A discussão na ALE evidenciou as tensões e divisões políticas existentes no município de Junqueiro, com ambos os lados argumentando suas versões dos acontecimentos e buscando justificar suas ações.
No decorrer do embate, foram feitas menções a episódios de agressões e perseguições, evidenciando a polarização política que permeia não apenas o cenário local, mas também o debate na esfera estadual. Permanece a expectativa quanto aos desdobramentos desse conflito político e judicial, que continuam a ecoar nos corredores do poder em Alagoas.