O presidente da FPA não poupou críticas ao ministro, ressaltando que um representante do governo deve atuar de forma responsável e não incentivar a prática de crimes. Segundo Lupion, a conduta de Teixeira é tipicamente penal, e não condiz com o cargo que ele ocupa.
A polêmica em torno das declarações de Teixeira não é recente. O ministro foi pressionado no início do ano devido a uma série de invasões do MST, o que gerou um mal-estar político. O Congresso chegou a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o movimento, mas o colegiado terminou sem que o relatório final fosse votado, apesar de causar desgastes para o governo.
É importante ressaltar que as invasões de terras produtivas têm sido motivo de controvérsia no país, com defensores e opositores da prática apresentando argumentos embasados em interesses políticos, econômicos e sociais. No entanto, o incentivo à prática criminosa por parte de um representante do governo eleva a discussão a um patamar ainda mais delicado.
A atitude de Lupion em representar o ministro na PGR reflete a preocupação de setores ligados ao agronegócio com a segurança jurídica e a proteção da propriedade privada. A repercussão do caso e a possível abertura de uma investigação por parte da PGR colocam em destaque a importância do debate sobre as políticas agrárias e a necessidade de encontrar soluções que conciliem os interesses das diferentes partes envolvidas.