Deputado do PT pede suspensão de cinco parlamentares por ocupação da Câmara em protesto contra prisão de Bolsonaro, acusando continuidade de golpe.

Na última quarta-feira (6), o deputado federal Lindbergh Farias, representante do Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro, solicitou a suspensão de cinco parlamentares – Marcel Van Hattem, Coronel Pollon, Paulo Bilynskyj, Zé Trovão e Júlia Zanatta – devido à sua suposta participação na ocupação do plenário da Câmara dos Deputados. Farias não hesitou em classificar o evento como uma continuidade do que ele chamou de “golpe”. Essa declaração vem em meio a um clima de tensão política no Brasil, onde as ações da oposição têm levantado questões sobre a integridade das instituições democráticas.

A ocupação do plenário ocorreu quando parlamentares da oposição, majoritariamente do partido PL, decidiram passar a noite nas casas legislativas como forma de protesto contra a decisão judicial que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A estratégia de manter os plenários ocupados visava paralisar a agenda legislativa, criando um entrave significativo para a condução dos trabalhos. Para os partidos que compõem a base aliada do governo, essa ação foi considerada ilegal e uma nova afronta às normas institucionais.

Em resposta à situação, os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente, convocaram reuniões de líderes para discutir as próximas ações a serem tomadas em relação ao impasse. No entanto, a pressão sobre o governo não é apenas para resolver a ocupação, mas também para discutir questões mais amplas, como a proposta de anistia geral aos condenados por tentativa de golpe e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que tem atuado como relator do caso de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.

Esses eventos refletem a crescente polarização política no país, com os ânimos acirrados entre os grupos da oposição e da situação, levantando preocupações sobre a estabilidade do ambiente legislativo e democrático. O desenrolar dessa situação promete ser um teste significativo para o equilíbrio de forças no Congresso e a capacidade das instituições em manter a ordem diante de protestos intensos.

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