A situação se complicou ainda mais quando Donizet tentou “dar carteirada” aos policiais militares, mencionando que entraria em contato com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e com o secretário de Segurança Pública, além de citar um colega parlamentar, Hermeto, que é subtenente da Polícia Militar. Ao ligar para Hermeto, ele recebeu uma resposta surpreendente; o militar afirmou que não iria intervir na situação e que os procedimentos legais deveriam ser seguidos. Este desdobramento expôs a fragilidade da estratégia de intimidação utilizada pelo deputado.
Diante da repercussão negativa do caso e da pressão que enfrentou, Donizet decidiu retomar seu tratamento de saúde mental. Em uma carta aberta endereçada aos seus colegas na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado se mostrou consciente da gravidade de sua condição. Ele afirmou: “Escrevo para reconhecer, com humildade, que preciso e decidi retomar meu tratamento de saúde mental, especialmente de depressão”. Ao compartilhar sua vulnerabilidade, Donizet pediu desculpas pela atenção indesejada gerada, tanto em sua vida pessoal quanto na esfera política.
Na comunicação, ele expressou a necessidade urgente de cuidado e apoio, enfatizando que os desafios com os quais lida requerem atenção adequada. Prometeu aos seus colegas que, a partir da próxima segunda-feira, reiniciará seu tratamento com acompanhamento médico e psicológico. O desfecho dessa história ainda está por ser escrito, mas a situação gerou discussões sobre a responsabilidade dos parlamentares e a importância do cuidado com a saúde mental em meio a pressões políticas. O caso ainda deverá ser discutido internamente pelo MDB, onde uma reunião foi convocada para deliberar sobre o futuro político de Donizet, que poderá enfrentar sanções por suas ações.