O cargo de secretário parlamentar tem uma remuneração modesta de R$ 3,5 mil, de acordo com informações da Câmara dos Deputados. Anteriormente, Amorim atuava como auxiliar parlamentar no gabinete do senador Magno Malta, onde permaneceu até junho de 2024. Após deixar o Planalto, Amorim e outros ex-membros do “gabinete do ódio” fundaram uma agência de comunicação, a Mellon Comunicação e Marketing Ltda, que passou a prestar serviços para parlamentares bolsonaristas no Congresso.
A coluna mostrou que a agência foi contratada por pelo menos quatro deputados em 2024: Alexandre Ramagem, Allan Garcês, Daniela Reinehr e Robinson Faria. Além de Amorim, a empresa tinha como sócios José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz. No entanto, a Receita Federal indica que Mateus Diniz deixou o quadro societário da Mellon. Tanto Diniz quanto Sales Gomes foram investigados no Inquérito das Fake News do STF.
No ano passado, Diniz foi alvo de um mandado de busca e apreensão autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A operação visava apurar um suposto esquema de monitoramento ilegal de autoridades públicas durante a gestão Bolsonaro. A contratação de Amorim por Barros levantou questionamentos sobre a ligação do deputado com figuras ligadas ao “gabinete do ódio” e repercutiu entre os parlamentares e a sociedade. A atuação desses profissionais no ambiente político continua sendo alvo de debates e investigações.