Durante a audiência, o parlamentar enfatizou a necessidade de uma ação integrada por parte dos órgãos reguladores e fiscalizadores, sugerindo a criação de uma comissão interministerial para elaborar um plano eficaz de desmonte das estruturas em questão. Guimarães ressaltou que o que deveria ser motivo de orgulho, por ser a primeira mina de urânio do país, se tornou um grande problema devido aos riscos envolvidos.
O superintendente de Novos Negócios e Minerais Estratégicos Associados ao Urânio da INB, David Moreira, explicou que o principal obstáculo para o desmonte das barragens em Caldas é o alto custo envolvido, estimado em torno de US$ 500 milhões. Ele ressaltou a necessidade de uma ação efetiva por parte do governo federal para garantir os recursos necessários para a conclusão do plano de descomissionamento.
Em caso de um possível rompimento das barragens, o impacto radiológico na região demandaria a adoção de medidas restritivas, como pontuou o assessor da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Ricardo Gutterres. No entanto, ele destacou que o impacto estaria dentro dos limites estabelecidos pela comissão e não acarretaria fatalidades, apesar da necessidade de ações de remediação de grande escala.
Outros participantes da audiência relataram que medidas para avaliar a segurança das estruturas das barragens estão sendo adotadas, com o nível de emergência do local classificado como 1, o mais baixo em termos de risco de rompimento. Vistorias realizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) em abril deste ano constataram um bom estado geral de conservação das estruturas, embora melhorias para reforçar a segurança tenham sido solicitadas e estão em andamento.