As falas foram prontamente denunciadas como uma ameaça e geraram a necessidade de uma investigação formal. Em decorrência disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) requisitou que tanto a Polícia Federal (PF) quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) apurassem o ocorrido, com base na perspectiva de que as declarações de Gilvan constituem incitação à violência. A AGU também levantou questões sobre a possível violação da imunidade parlamentar, um ponto sensível que poderia ter implicações legais significativas para o deputado.
Esse episódio ocorre em meio a um ambiente político já tenso, marcado por processos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 32 pessoas sob suspeita de tentativa de golpe de Estado. Entre as acusações, está um plano que incluiria um atentado contra Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
No contexto da votação do projeto que proíbe armas nos serviços de segurança do mandatário e de altos funcionários, a proposta foi aprovada com a maioria de 15 votos a favor e 8 contra. Caso avance, a legislação barraria o uso de armas por seguranças pessoais, mesmo em situações que exigiriam proteção imediata. O autor do projeto argumentou que a medida reflete a ideologia do governo atual, que busca restringir a circulação de armamentos no Brasil, fazendo uma crítica explícita à política armamentista adotada por Bolsonaro.
Entretanto, líderes da base governamental na Câmara alertam que a proposta pode enfrentar obstáculos legais, uma vez que muitos consideram sua tramitação inconstitucional. A análise jurídica ainda está pendente na Comissão de Constituição e Justiça, a principal instância para revisar a constitucionalidade de novos projetos na Casa legislativa. O desdobramento dessa situação é aguardado com atenção, dado o potencial impacto na segurança do presidente Lula e no clima político brasileiro.