Hilton enfatizou que a proposta não é uma resposta apenas a um caso isolado, mas sim a uma realidade alarmante que precisa ser enfrentada. “A situação é preocupante e urge uma resposta efetiva. Não é apenas uma questão ligada ao vídeo do Felca. É como deixar uma criança sozinha na rua à noite. Ignorar isso é cometer um erro gravíssimo”, afirmou a deputada, subestimando a importância de proteger as gerações mais jovens das armadilhas presentes nas redes sociais.
Ela também destacou que o projeto, que chegou ao Congresso a partir do Senado pronto para votação, enfrentou tentativas de obstrução, mas conseguiu avançar com a aprovação do regime de urgência. “Houve um espaço para debate, e conseguimos progredir. A extrema direita pode não querer, mas estamos determinados a discutir o mérito do assunto”, declarou Hilton, reforçando seu compromisso com a causa.
Além do projeto que visa restringir a adultização digital, outras iniciativas significativas foram aprovadas pela CCJ, incluindo a prioridade no atendimento psicológico para vítimas de abuso e a exigência de que casos de estupro sejam julgados no município de residência da vítima. Essa diversidade de pautas teve o apoio tanto de governistas quanto da oposição.
A parlamentar finalizou sua intervenção insistindo na importância do debate. “É preciso esclarecer onde realmente reside a censura. Se proteger crianças e garantir sua segurança digital é considerado censura, precisamos reavaliar o significado deste termo. Nosso objetivo não é silenciar, mas, sim, proteger vidas”, concluiu Erica Hilton, reafirmando a relevância da proposta em meio a debates acalorados sobre direitos e proteção infantil.