Deputada dos EUA critica Moraes e alerta sobre risco de ditadura após prisão domiciliar de Bolsonaro: “Isso é perseguição!”

A deputada americana María Elvira Salazar, membro do Partido Republicano, expressou suas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, em um post recente na rede social X. O foco da sua indignação é a decisão de Moraes de determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para Salazar, essa medida representa um grave abuso de poder, uma vez que, segundo ela, o ex-presidente não foi condenado e não teve acesso a um devido processo legal.

Salazar não hesitou em descrever a situação como “injustiça”, e afirmou que o ato de Moraes configura uma tentativa de silenciar adversários políticos. Ela alertou que o Brasil está se aproximando de um regime autocrático, onde as vozes discordantes são silenciadas sem o devido julgamento. “Precisamos levantar nossas vozes antes que seja tarde demais”, defendeu a congressista, evidenciando sua preocupação com o futuro democrático do país.

Entre as reações à crítica de Salazar, destacou-se a resposta de Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado e filho do ex-presidente. Atualmente nos Estados Unidos, Eduardo reiterou que não houve crime por parte de seu pai, argumentando que a decisão de Moraes é injustificável. “Nenhum crime, nenhuma prova, apenas por ter apoiado protestos contra Moraes”, escreveu ele, alinhando-se à posição de Salazar.

O contexto dessas declarações não é isolado. Salazar já havia manifestado críticas a Moraes no passado, considerando suas ações como uma vergonhosa interferência nas questões políticas do Brasil. Sua postura se alinha ao crescente ressalto de membros do Partido Republicano que têm buscado internacionalizar as críticas ao sistema judiciário brasileiro, especialmente no que se refere à liberdade de expressão e aos direitos políticos.

Além disso, María Elvira Salazar é coautora de uma proposta de lei chamada “No Censors on Our Shores Act”, destinada a impor sanções a autoridades estrangeiras que tentam sufocar a liberdade de expressão. Com isso, a deputada busca não apenas criticar ações no Brasil, mas também estabelecer um marco legislativo que proteja a liberdade de expressão globalmente.

Essas trocas de acusações e o clima de tensão entre figuras políticas dos EUA e do Brasil refletem um momento turbulento na política contemporânea, em que a questão da democracia e dos direitos civis está em pauta, tanto em solo brasileiro quanto americano.

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