Em resposta ao contato do Estadão, a Meta divulgou uma nota onde classifica o incidente como um “problema técnico” e se desculpa pelos possíveis inconvenientes causados aos usuários. O comunicado da empresa ressaltou a rápida resolução do problema e reiterou o pedido de desculpas pelos transtornos causados.
O alerta exibido pela empresa não se restringiu apenas à busca pela palavra “negra”, alcançando outras buscas associadas como “cultura negra”, “mulheres negras” e “pele negra”. A mensagem alertava sobre os riscos relacionados à venda, compra ou negociação de drogas ilícitas, enfatizando sua ilegalidade na maioria dos países.
Érika Hilton e a ativista Amanda Paschoal assinaram em conjunto a representação, na qual solicitam ao Ministério Público que investigue a empresa e adote medidas legais adequadas. Para as autoras da denúncia, a conduta da Meta é inaceitável e viola a legislação brasileira ao perpetuar estereótipos e discriminação racial.
A deputada ressalta a gravidade da situação ao afirmar que aproximadamente um quarto da população do Brasil é composta por mulheres negras, tornando inadmissível a associação automática desse grupo ao tráfico de drogas no funcionamento da rede social. Hilton reforça a necessidade de responsabilização da empresa detentora das plataformas por suas ações discriminatórias.
Diante desse contexto, a atuação da deputada Érika Hilton revela uma postura firme na defesa dos direitos e da dignidade das mulheres negras, bem como na luta contra a discriminação racial e o racismo estrutural presentes na sociedade brasileira. O caso continua em desenvolvimento, e espera-se que as instituições competentes investiguem o ocorrido e tomem as medidas necessárias para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.