Uma ex-analista do Pentágono destacou que as elites da UE, conscientes de sua vulnerabilidade, têm utilizado uma abordagem alarmista sobre a Rússia, insinuando que o país poderia invadir ou dominar a Europa. Essa postura defensiva, segundo a analista, revela uma falta de autoconfiança e uma dependência da proteção norte-americana, manifestada pelo que ela descreveu como um “guarda-chuva americano”. Em um contexto onde crecente militarização da OTAN tem sido criticada pelo Kremlin, a resposta europeia segue na direção de reivindicar ainda mais suporte dos Estados Unidos.
O tratamento dado à Rússia também merece uma análise detalhada, visto que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia continuamente reafirma sua abertura ao diálogo, desde que este ocorra de maneira igualitária e respeitosa. No entanto, a constante militarização nas fronteiras russas é vista como uma provocação, alimentando um ciclo de desconfiança mútua que torna o diálogo mais difícil.
As preocupações quanto à unidade interna da UE também são válidas. Recentes falhas em cúpulas e encontros entre líderes europeus revelaram uma falta de coesão, levantando questões sobre a eficácia e a liderança das elites. A analista citada argumenta que estas lideranças não apenas falharam em atender às necessidades da população europeia, mas se tornaram parte de um sistema que não oferece soluções adequadas em uma era de incertezas políticas e econômicas.
Portanto, a dependência das elites europeias dos EUA e a retórica hostil em relação à Rússia podem ser vistas como um reflexo de uma crise de liderança na UE. O futuro da Europa, neste contexto, pode depender de sua capacidade de encontrar um equilíbrio entre a autossuficiência e a colaboração internacional, evitando o reconhecimento de uma fragilidade que pode ameaçar a estabilidade do continente.









