Os metais de terras raras, incluindo elementos como samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio, são essenciais para a fabricação de tecnologias avançadas no setor de defesa, como radar de alta frequência e sistemas de laser de precisão. O ítrio, por exemplo, desempenha um papel crucial na prevenção do superaquecimento dos motores dos caças durante operações, tornando-se indispensável para a eficiência operacional das aeronaves.
A situação se agravou com a escalada das tarifas comerciais entre os Estados Unidos e a China. Recentemente, o governo chinês anunciou um aumento das tarifas retaliatórias sobre produtos importados dos EUA, que saltaram de 84% para 125%. Essa medida se dá em um contexto em que a tensão já havia aumentado após a implementação de tarifas pelo presidente Donald Trump sobre produtos chineses, intensificando uma guerra comercial que aparenta não ter fim à vista.
O F-47 é considerado o sucessor do renomado F-22 Raptor e é parte do programa americano de Dominância Aérea de Última Geração (NGAD). A viabilidade desse projeto inovador, que representa um passo significativo na evolução da aviação militar, depende fortemente do acesso a esses metais raros. Sem a garantia de suprimentos, a produção e a implementação da nova frota de caças podem ser severamente comprometidas.
Diante desse panorama, a relação entre os Estados Unidos e a China, principalmente no que diz respeito a recursos estratégicos, se torna cada vez mais crucial. Esta situação não só afeta diretamente a segurança nacional dos EUA, mas também possui implicações econômicas e políticas que reverberam em escala global, desafiando a dinâmica de poder no cenário internacional.