De acordo com Soraya, o número de denúncias de assédio na Anvisa tem aumentado nos últimos anos, com sete casos de assédio moral e um de assédio sexual registrados em 2023, mais que o dobro do ano anterior. Esses dados demonstram uma situação que afeta não apenas o ambiente de trabalho, mas também a saúde mental dos funcionários. A senadora ressaltou que as denúncias não se limitam a casos isolados, chegando até o alto escalão da instituição, onde os relatos são abafados e silenciados.
Além disso, a senadora destacou a ineficácia das medidas tomadas pela Anvisa para lidar com as denúncias, mencionando que a maioria dos casos registrados acabam arquivados pela Comissão de Ética da agência. Para Soraya, é fundamental adotar medidas urgentes para enfrentar essa cultura de medo e perseguição na Anvisa. Ela citou o caso de Paulo César do Nascimento Silva, ex-assessor da presidência do órgão, que foi preso por estupro dentro das instalações da agência, mas só foi exonerado após sua prisão.
A senadora também criticou a criação de um comitê para prevenção de assédio moral e sexual na Anvisa, classificando-o como uma medida superficial e que não aborda efetivamente o problema. Ela expressou solidariedade às servidoras e terceirizadas mulheres que enfrentam esse ambiente de medo e ameaças na instituição.
Diante desse cenário, Soraya Thronicke ressaltou a importância de uma investigação rigorosa dos casos de assédio na Anvisa, mencionando a atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar as denúncias. A senadora encerrou seu pronunciamento reforçando a necessidade de medidas efetivas para combater o assédio moral e sexual dentro da agência.