Dallagnol, que teve seu mandato cassado em maio pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, afirmou que o Novo está em primeiro lugar nas pesquisas e que o partido tem excelentes nomes que podem ser lançados para a prefeitura de Curitiba. Ele ressaltou a importância do apoio da população da “República de Curitiba”, em referência à cidade que foi um dos epicentros da operação Lava Jato.
Fernanda Dallagnol, administradora de formação e sem experiência prévia em cargos eletivos, decidiu entrar na política após a cassação do marido. Em setembro, o casal se filiou ao partido Novo, que tem como projeto a formação de novas lideranças.
A confirmação de que o Novo terá candidato em Curitiba no próximo ano gera um entrave no cenário político da cidade. O PL avalia lançar o ex-deputado Paulo Martins, enquanto o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), busca alianças e apoio do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Jr. (PSD).
Na esquerda, os pré-candidatos também buscam apoio, especialmente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado federal Luciano Ducci (PSB) e o deputado estadual Goura (PDT) já se apresentam como pré-candidatos, mas ainda há dúvidas sobre qual nome será escolhido pelo PT.
Ducci, que busca o aval do vice-presidente Geraldo Alckmin, é visto com desconfiança por algumas lideranças do PT devido ao seu passado tucano, quando foi vice de Beto Richa (PSDB). Ambos já disputaram, sem sucesso, a prefeitura de Curitiba em eleições passadas.
A movimentação política em Curitiba promete intensificar nos próximos meses, com diferentes ideologias disputando espaço e alianças em busca da vitória nas eleições municipais de 2020.