De acordo com fontes internas do STF, Moraes se mostrou satisfeito com as novas informações trazidas por Cid, o que foi crucial para a manutenção do acordo de delação. A defesa do ex-ajudante de ordens confirmou a continuidade da delação, destacando que as provas apresentadas foram suficientes para aclarar as questões que envolviam contradições e omissões anteriores. A decisão parecia incerta, especialmente levando em conta o conteúdo delicado que envolvia potências federais e a interação de Cid com personagens-chave do governo anterior.
Paralelamente, a Polícia Federal concluiu um relatório extenso com mais de 800 páginas sobre a tentativa de golpe, indiciando não apenas Jair Bolsonaro, mas também seu ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e um total de 35 aliados. O relatório destaca a gravidade das alegações e a extensão da trama, envolvendo figuras proeminentes como Valdemar Costa Neto, atual presidente do PL, partido de Bolsonaro.
Recentemente, a operação da Polícia Federal, nomeada Contragolpe, resultou na prisão de cinco indivíduos implicados em atividades conspiratórias, entre eles o general da reserva Mário Fernandes. As investigações apontam que o plano de golpe foi discutido em reuniões secretas, configurando um cenário alarmante para a democracia brasileira.
Este contexto revela um cruzamento complexo entre a política e a justiça no Brasil contemporâneo, onde delações premiadas e investigações da Polícia Federal jogam luz sobre eventos que podem ter consequências duradouras para a governança e a estabilidade do país. Ao passo que Mauro Cid mantém sua colaboração com as autoridades, o desdobrar desse caso promete continuar a gerar discussões acaloradas no cenário político nacional.