Delação premiada de Mauro Cid é mantida após nova audiência com Alexandre de Moraes, garante defesa e PF conclui relatório sobre tentativa de golpe.



No dia 21 de novembro de 2024, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou um novo depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão de auscultação, que ocorre em meio a um cenário de intensas investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, teve um desfecho favorável para Cid. Sua delação premiada, que poderia ter sido comprometida por omissões em depoimentos anteriores e a possível posse de materiais sensíveis, foi mantida em vigência.

De acordo com fontes internas do STF, Moraes se mostrou satisfeito com as novas informações trazidas por Cid, o que foi crucial para a manutenção do acordo de delação. A defesa do ex-ajudante de ordens confirmou a continuidade da delação, destacando que as provas apresentadas foram suficientes para aclarar as questões que envolviam contradições e omissões anteriores. A decisão parecia incerta, especialmente levando em conta o conteúdo delicado que envolvia potências federais e a interação de Cid com personagens-chave do governo anterior.

Paralelamente, a Polícia Federal concluiu um relatório extenso com mais de 800 páginas sobre a tentativa de golpe, indiciando não apenas Jair Bolsonaro, mas também seu ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e um total de 35 aliados. O relatório destaca a gravidade das alegações e a extensão da trama, envolvendo figuras proeminentes como Valdemar Costa Neto, atual presidente do PL, partido de Bolsonaro.

Recentemente, a operação da Polícia Federal, nomeada Contragolpe, resultou na prisão de cinco indivíduos implicados em atividades conspiratórias, entre eles o general da reserva Mário Fernandes. As investigações apontam que o plano de golpe foi discutido em reuniões secretas, configurando um cenário alarmante para a democracia brasileira.

Este contexto revela um cruzamento complexo entre a política e a justiça no Brasil contemporâneo, onde delações premiadas e investigações da Polícia Federal jogam luz sobre eventos que podem ter consequências duradouras para a governança e a estabilidade do país. Ao passo que Mauro Cid mantém sua colaboração com as autoridades, o desdobrar desse caso promete continuar a gerar discussões acaloradas no cenário político nacional.

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