Esse resultado ficou abaixo das expectativas dos agentes de mercado, que aguardavam um aumento de 0,4% no índice. No acumulado dos últimos doze meses, o índice apresentou um avanço de 2,5%. Por outro lado, o núcleo do deflator do PCE, que exclui os dados de alimentos e energia, teve um crescimento de 0,3% em fevereiro, também desacelerando em relação a janeiro, que registrou um avanço de 0,5%. Na comparação dos últimos doze meses, o dado registrou uma ligeira desaceleração, passando de 2,9% em janeiro para 2,8% em fevereiro.
Esse dado é de extrema importância, pois orienta as decisões do Federal Reserve em relação ao processo de desinflação. Já os gastos com consumo foram uma surpresa positiva, com um avanço de 0,8%, acima das expectativas de um aumento de 0,5%. Em janeiro, os gastos com consumo haviam registrado uma alta de 0,2%, enquanto a renda pessoal teve um aumento de 0,3%.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que o objetivo é aumentar a confiança antes de considerar cortes na taxa de juros. A decisão de iniciar o ciclo de cortes foi postergada em função da resiliência da economia americana, que ainda apresenta indicadores positivos de emprego e inflação. Analistas acreditam que o Fed iniciará o ciclo de cortes nas taxas em junho, devido a um possível desaquecimento do mercado de trabalho nos próximos meses e um crescimento moderado da renda.
A fala de Powell se assemelha à de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, que durante a divulgação do Relatório de Inflação afirmou que são necessários mais dados para embasar o futuro do ciclo de cortes nos juros. Powell participou de um evento promovido pelo Fed de São Francisco nesta sexta-feira, em um dia em que os mercados financeiros estavam fechados devido ao feriado da Paixão de Cristo.