Déficit primário do governo central atinge R$ 39,4 bilhões em novembro, o pior resultado da série histórica.

No mês de novembro, o governo central do Brasil registrou um preocupante déficit primário de R$ 39,4 bilhões, de acordo com informações divulgadas pelo Tesouro Nacional. Este valor inclui um resultado negativo de R$ 19,8 bilhões das contas do Banco Central e do Tesouro Nacional, além de um déficit de R$ 19,6 bilhões da Previdência Social. No acumulado entre janeiro e novembro, o déficit atingiu a marca de R$ 114,6 bilhões.

Os dados foram revelados em um relatório divulgado nesta quarta-feira e apontam que as contas do governo central tiveram o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. Além disso, o déficit acumulado até o momento é o maior já registrado.

O aumento do resultado negativo é atribuído principalmente aos pagamentos extraordinários feitos a estados e municípios, em decorrência da Lei Complementar 201, que trata das compensações devidas pela União a esses entes. Esse aumento nas despesas é um sinal preocupante, visto que a receita cresceu apenas 4,2% no mês passado, enquanto as despesas tiveram um aumento alarmante de 20%, com destaque para os gastos com a máquina pública.

Diante desses números, as previsões do Tesouro Nacional são pessimistas. Segundo o órgão, o governo central deve encerrar o ano com um déficit primário de R$ 125 bilhões, o que representa um desafio significativo para as finanças públicas do país.

O déficit primário, que ocorre quando as despesas superam as receitas sem contar o pagamento dos juros da dívida, é uma métrica importante para avaliar a saúde das contas públicas. Diante desse cenário preocupante, é essencial que o governo adote medidas para reverter essa situação e encontrar formas de equilibrar as contas, garantindo a estabilidade econômica e o bem-estar da população.

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