Recentemente, a defesa de Abib solicitou a progressão de pena para o regime semiaberto, alegando que o médico cumpriu todos os requisitos legais estabelecidos e que um exame criminológico indicou um “ótimo comportamento carcerário”. No entanto, o Ministério Público paulista se manifestou contrário à progressão, argumentando que é necessário garantir os direitos da sociedade, que também foi afetada pelos crimes cometidos pelo médico.
Durante seu depoimento à Justiça, Abib Maldaun Neto admitiu ter estimulado o clitóris de pacientes durante exames clínicos em seu consultório, mas negou os abusos sexuais. Ele justificou seu comportamento alegando ter utilizado testosterona e estimulantes naturais, cujos efeitos colaterais resultaram no aumento do clitóris em algumas pacientes.
Além do caso que resultou em sua atual condenação, Abib Maldaun Neto também tinha sido sentenciado em segunda instância, em julho de 2020, por outro processo de abuso sexual. Sua reputação como médico renomado na capital paulista foi manchada pelos escândalos envolvendo os abusos cometidos em sua clínica.
É importante ressaltar a gravidade dos crimes pelos quais Abib Maldaun Neto foi condenado e a necessidade de se garantir a justiça para as vítimas. A questão da progressão de pena levanta debates sobre a eficácia do sistema prisional e a forma como casos de abuso sexual são tratados pela justiça.