De acordo com o advogado Ariovaldo Moreira, que assina a peça apresentada à Justiça em Ribeirão Preto, não existem provas suficientes para condenar o réu, já que não foi demonstrado que Delgatti Neto contestou a compra alegando não tê-la realizado. O Ministério Público também não teria apresentado evidências convincentes que comprovem a conduta criminosa do acusado, devendo o mesmo ser absolvido das acusações.
No entanto, a promotora Ethel Cipele pediu a condenação de Delgatti Neto por estelionato, sugerindo uma pena mínima de um ano de detenção em regime aberto. Mesmo sem antecedentes criminais nos últimos 14 anos, o réu teria assumido a compra e tentado justificar o cancelamento da transação como um equívoco da empresa responsável pelo cartão de crédito.
O caso ganhou notoriedade pelo fato de Delgatti Neto estar atualmente detido em Araraquara (SP) devido a sua participação em uma investigação sobre uma tentativa de invasão ao sistema do Poder Judiciário. Em 2019, ele admitiu ter invadido os celulares de procuradores do MPF e do ex-juiz Sergio Moro, envolvidos na Operação Lava Jato.
Diante desses acontecimentos, o caso do hacker da Lava Jato envolvendo a compra das alianças em 2010 serve como mais um capítulo na conturbada trajetória criminosa de Walter Delgatti Neto, que segue enfrentando problemas com a Justiça brasileira.