Defesa de hacker da Lava Jato alega falta de dolo em compra de alianças no valor de R$ 2,3 mil em Ribeirão Preto



O hacker da Lava Jato, Walter Delgatti Neto, conhecido por invadir celulares de autoridades, está atualmente enfrentando acusações de estelionato em um caso envolvendo a compra de alianças no valor de R$ 2,3 mil realizada em 2010. Sua defesa alega que não houve dolo em suas ações, pois ele teria contestado a compra para obter um estorno ao afirmar que o cartão de crédito utilizado para a transação havia sido furtado.

De acordo com o advogado Ariovaldo Moreira, que assina a peça apresentada à Justiça em Ribeirão Preto, não existem provas suficientes para condenar o réu, já que não foi demonstrado que Delgatti Neto contestou a compra alegando não tê-la realizado. O Ministério Público também não teria apresentado evidências convincentes que comprovem a conduta criminosa do acusado, devendo o mesmo ser absolvido das acusações.

No entanto, a promotora Ethel Cipele pediu a condenação de Delgatti Neto por estelionato, sugerindo uma pena mínima de um ano de detenção em regime aberto. Mesmo sem antecedentes criminais nos últimos 14 anos, o réu teria assumido a compra e tentado justificar o cancelamento da transação como um equívoco da empresa responsável pelo cartão de crédito.

O caso ganhou notoriedade pelo fato de Delgatti Neto estar atualmente detido em Araraquara (SP) devido a sua participação em uma investigação sobre uma tentativa de invasão ao sistema do Poder Judiciário. Em 2019, ele admitiu ter invadido os celulares de procuradores do MPF e do ex-juiz Sergio Moro, envolvidos na Operação Lava Jato.

Diante desses acontecimentos, o caso do hacker da Lava Jato envolvendo a compra das alianças em 2010 serve como mais um capítulo na conturbada trajetória criminosa de Walter Delgatti Neto, que segue enfrentando problemas com a Justiça brasileira.

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