O deputado Orlando Silva, relator do projeto de lei que trata do tema, afirmou que irá discutir o assunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para que a proposta seja retomada nas discussões legislativas. Em suas declarações, Silva destacou a gravidade das afirmações feitas por Musk, que insinuou o descumprimento de ordens judiciais e prometeu suspender as atividades de sua empresa no Brasil em defesa de princípios.
O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também defenderam a importância da regulamentação das redes sociais e criticaram as ações de Musk. Messias ressaltou a urgência em estabelecer regras para evitar que bilionários estrangeiros tenham controle sobre as plataformas digitais no Brasil.
Por sua vez, Pimenta reforçou a posição de que a soberania nacional não deve ser subjugada pelo poder das big techs e que o Brasil não tolerará atos que ameacem a democracia. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, endossou o apelo pela regulamentação das redes sociais e ressaltou que nenhum discurso de ódio deve ser protegido em nome da liberdade de expressão.
Apesar das críticas e do pedido de impeachment feito por Musk contra o ministro Alexandre de Moraes, o Supremo Tribunal Federal ainda não emitiu um posicionamento unificado em defesa do magistrado. O debate sobre a regulação das big techs no Brasil promete continuar sendo um tema relevante e sensível, envolvendo questões fundamentais para a democracia e a justiça no país. A pressão pública e política está aumentando para que medidas efetivas sejam adotadas para garantir a transparência, responsabilidade e respeito às leis por parte das grandes empresas de tecnologia que atuam no Brasil.