A batalha da família de Lorenzo teve altos e baixos. Após uma ordem da Justiça Federal exigir que a União fornecesse a medicação, uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu todas as liminares, incluindo a que beneficiava o menino. Enquanto isso, o pequeno Lorenzo continuava a sofrer com dores diárias e a perder progressivamente os movimentos das pernas, restando-lhe apenas a habilidade de andar na ponta dos pés.
A reviravolta na situação da família veio com a decisão da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, que determinou o fornecimento do medicamento. No entanto, o prazo estipulado para a entrega da medicação não foi cumprido pelo Governo Federal, gerando mais angústia e incerteza para a família. Mesmo diante da preparação para cobrar judicialmente a entrega do remédio, a situação tomou um novo rumo com a decisão do ministro Gilmar Mendes.
Inicialmente, Mendes suspendeu todas as ordens para a compra do medicamento, mas posteriormente decidiu que apenas crianças com 7 anos, que já possuíam liminar, poderiam receber a medicação. O caso de Lorenzo, com apenas 4 anos, ficou fora das condições estabelecidas pela decisão do STF, deixando a família em desespero e temendo pela saúde e qualidade de vida do garoto.
A luta da família de Lorenzo ganhou destaque nas redes sociais, onde foi criada uma página para divulgar a história e buscar apoio. Enquanto isso, a discussão sobre o alto custo de medicamentos milionários para o Estado levantou questões sobre a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) diante de tais despesas. A situação do menino tocou a todos, e a esperança permanece para que ele possa receber o tratamento necessário para enfrentar a DMD e ter uma vida mais digna.