Decisão de Moraes libera VPNs no Brasil, mas mantém multa por acesso ao X: Apple e Google podem manter aplicativos.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou polêmica nesta sexta-feira ao recuar em sua decisão anterior e liberar as VPNs no Brasil. Essa reviravolta se deu após a determinação de bloqueio dos aplicativos e sites de virtual private network, que poderiam conceder acesso ao X, mesmo após a suspensão da rede social no país.

A liberação das VPNs abre caminho para que empresas como Apple e Google mantenham esses aplicativos em seus catálogos, permitindo aos brasileiros continuarem utilizando esses serviços para navegar na internet de forma anônima. Contudo, mesmo com essa mudança de posicionamento, Moraes manteve a multa diária de R$ 50 mil para aqueles que acessarem o X por meio de VPNs.

Os VPNs são recursos bastante utilizados por pessoas que desejam ocultar sua localização na internet, sendo comumente empregados em locais onde há restrições de acesso a determinados conteúdos online, como em países autoritários. Essa decisão de Moraes causou bastante controvérsia e gerou discussões sobre a liberdade de navegação na internet.

Anteriormente, o ministro havia dado um prazo para Apple e Google implementarem obstáculos tecnológicos para impedir a utilização do aplicativo X. Além disso, ele ordenou a remoção do X das lojas digitais dessas empresas e exigiu a exclusão de outros aplicativos de VPN que possibilitassem o acesso à plataforma.

A decisão de Moraes de bloquear o X no Brasil veio após a empresa não cumprir as exigências judiciais e não indicar um representante legal no país. Com o descumprimento das determinações, a suspensão do X foi efetivada e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi notificada para repassar a ordem de bloqueio às operadoras.

Essa reviravolta no caso demonstra a complexidade das questões legais que envolvem a regulação da internet e a necessidade de um debate amplo e transparente sobre a liberdade de expressão e o acesso à informação na era digital. A decisão de Moraes certamente dará o que falar nos próximos dias e colocará em evidência a importância da proteção dos direitos dos cidadãos no ambiente virtual.

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