A suspensão das relações comerciais entre a Turquia e Israel também reforça a pressão sobre outros países, como a Arábia Saudita, que vinha discutindo um plano pós-guerra em Gaza com um governo compartilhado entre países árabes e os Estados Unidos. Além disso, a decisão turca provocou um protesto pró-Palestina em Paris, onde a polícia desocupou um prédio da prestigiosa universidade Sciences Po.
A Colômbia se tornou o segundo país da América do Sul a cortar os laços com Israel por conta da situação em Gaza, seguindo os passos da Bolívia. Essas medidas diplomáticas e comerciais vêm em um contexto de crescente pressão internacional sobre Israel, com diversos países convocando embaixadores e tomando medidas para mostrar solidariedade à Palestina.
Estados árabes, como Jordânia e Bahrein, que mantêm cooperação de segurança com Israel, também viram-se diante da necessidade de responder às críticas da opinião pública sobre o elevado número de mortes em Gaza. A ONU estima que a reconstrução da Faixa de Gaza custará mais de R$ 200 bilhões, evidenciando a devastação causada pela guerra.
A Casa Branca, principal aliada de Israel, não dá sinais de reduzir seu apoio militar, mesmo diante de alertas contra uma invasão israelense em Rafah, no Sul de Gaza. A comunidade internacional, incluindo países como Catar, Egito e EUA, aguarda uma resposta do Hamas a propostas de cessar-fogo, enquanto o Hamas se mostra receptivo a discutir um acordo.
Diante desse cenário complexo, a relação entre Turquia e Israel, que vinha se aproximando nos últimos anos, sofre um revés significativo. Erdogan, presidente turco, busca pressionar Israel a firmar um cessar-fogo com o Hamas, mas suas ações são interpretadas como uma tentativa de ganhar influência regional e enfraquecer Israel. A questão palestina continua sendo um dos principais pontos de tensão no cenário internacional, com diversas nações buscando uma solução diplomática para o conflito em Gaza.