Aloysio Nunes, quadro histórico do PSDB filiado desde 1997, entregou seu pedido de desfiliação ao diretório paulistano do partido. Em entrevista, o político criticou os rumos tomados pela sigla, especialmente em relação à postura em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem classificou como “fascistoide”. Segundo Nunes, o PSDB errou ao se declarar neutro nas últimas eleições presidenciais e desde então as divergências foram se acumulando.
O ex-ministro, que também já ocupou os cargos de senador, deputado federal e ministro da Justiça, hoje comanda a divisão de assuntos estratégicos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos em Bruxelas. Já Renata Covas, sem expor publicamente os motivos de sua saída, comunicou sua decisão ao diretório municipal em Santos. A filha de Mário Covas tem feito críticas ao partido nos últimos anos, como o apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas durante as eleições de 2022.
A decisão de deixar o PSDB vem em um momento de esvaziamento da legenda, que recentemente perdeu toda a sua bancada de vereadores na capital paulista e viu a saída dos dois últimos governadores do partido. Com a oficialização de José Luiz Datena como pré-candidato a prefeito de São Paulo, o PSDB enfrenta o desafio de reconquistar relevância nas eleições deste ano, apostando em nomes experientes em algumas cidades, como Curitiba e Belo Horizonte.
No cenário político atual, o enfraquecimento do PSDB reflete um partido que, nos últimos anos, tem perdido seu espaço em diversas esferas de poder. Com a saída de figuras históricas como Aloysio Nunes e Renata Covas, o PSDB enfrenta o desafio de se reinventar e recuperar sua relevância política no país.