Apesar da gravidade do caso, o BC não divulgou a quantidade exata de chaves Pix que foram comprometidas, tampouco os detalhes específicos dos dados acessados. Informações divulgadas pela autarquia garantem que dados sensíveis, como senhas e informações financeiras de contas, não foram expostos. As informações acessadas são de natureza cadastral e, portanto, incapazes de permitir a movimentação de recursos financeiros ou o acesso a contas de usuários.
O Sisbajud, ferramenta eletrônica que substitui o antigo BacenJud, tem como objetivo melhorar a comunicação entre o Judiciário e o sistema financeiro, possibilitando aos juízes solicitar informações financeiras e bloquear ativos de devedores de maneira mais eficiente. Esse sistema é uma parte fundamental da infraestrutura que garante a execução de ordens judiciais relacionadas a questões financeiras.
De acordo com o BC, o CNJ será responsável por fornecer mais informações sobre o incidente e estabelecer um canal para que os cidadãos possam consultar eventuais dados expostos. O Banco Central ressaltou que, embora o impacto do incidente seja considerado baixo para os usuários, a divulgação do ocorrido foi decidida em respeito ao princípio de transparência que rege a atuação da instituição.
O BC possui um histórico de comunicar, por meio de uma página específica em seu site, qualquer exposição ou vazamento relacionado ao sistema Pix. Entretanto, nesse caso específico, o CNJ ficará encarregado da comunicação, enquanto o Banco Central se comprometeu a atualizar informações sobre o incidente em seu próprio site em momento oportuno. Essa abordagem reforça a importância da transparência e da proteção de dados em um cenário onde o uso de tecnologias financeiras permanece em expansão.