Em outubro de 2024, Rodgerson participou de várias entrevistas onde anunciou uma receita projetada de R$ 20 bilhões para o ano seguinte, além de relatar a expectativa de que a empresa gerasse R$ 1 bilhão em receitas adicionais em 2025, graças a um novo plano estratégico. Naquele momento, a Azul buscava convencer o mercado de sua solidez financeira, especialmente em meio às negociações de fusão com a GOL Linhas Aéreas. Contudo, a realidade se mostrou bem diferente. Meses depois, a companhia enfrentou uma crise severa, que culminou em um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e na suspensão de 51 rotas nacionais alegando dificuldades financeiras. Curiosamente, mesmo nesse contexto, a Azul lançou três novos voos internacionais para Portugal, o que suscitou debate sobre sua real estratégia de operações.
De acordo com fontes, a fusão entre Azul e GOL não se concretizou devido a descobertas de inconsistências nos balanços financeiros da Azul, o que levantou bandeiras vermelhas entre os acionistas e especialistas do setor. Além de Rodgerson, o vice-presidente de finanças da companhia, Alexandre Malfitani, também foi mencionado nas investigações realizadas pela Superintendência de Relações com Empresas da CVM.
A resposta oficial da CVM quanto ao caso foi de que a autarquia está em fase de análise e não comentaria detalhes específicos, o que é padrão em situações que envolvem investigações em andamento. Essa postura, embora compreensível, não mitiga as preocupações que surgem em torno da governança corporativa da Azul e da confiança do mercado em suas práticas financeiras. O desenrolar dessa situação poderá ter implicações significativas para a imagem da empresa, à medida que os investidores e o público aguardam mais clareza sobre a real saúde financeira da companhia.









