O presidente Miguel Díaz-Canel reiterou que as equipes do Ministério de Energia e Minas estão saturadas de trabalho, dedicando-se a restaurar rapidamente o fornecimento de eletricidade. De acordo com declarações oficiais, a eletricidade está sendo priorizada para serviços essenciais, bem como para o bombeamento de água, enquanto novas unidades de geração estão sendo ativadas para estabilizar o sistema elétrico.
O impacto do apagão não se limitou apenas à energia. Com o colapso do sistema elétrico, a telefonia móvel também foi severamente afetada, levando a uma queda de 53% nos serviços oferecidos pela Empresa de Telecomunicações de Cuba S.A. (Etecsa). Camagüey e Havana emergiram como as províncias mais prejudicadas por essa crise.
Nos últimos meses, a ilha tem enfrentado uma pesada crise energética, que se intensificou nos últimos dois meses devido a uma combinação de fatores, incluindo a falta de combustíveis, problemas estruturais e a degradação da infraestrutura elétrica. Para agravar a situação, os furacões Oscar e Rafael causaram danos significativos, derrubando postes de eletricidade em diversas regiões, especialmente nas áreas leste e oeste de Cuba, o que contribuiu ainda mais para a precariedade do fornecimento elétrico.
Antes da mais recente desconexão do sistema, os cubanos já estavam lidando com um regime de apagões que, em muitos casos, superava as 10 horas diárias, criando uma situação insustentável para a população. A expectativa é de que os esforços de restauração do sistema elétrico possam trazer melhorias rápidas, mas a situação continua crítica e demanda soluções sustentáveis a longo prazo para garantir a estabilidade energética na ilha. A falta de um sistema elétrico confiável é um desafio que compromete não apenas a vida cotidiana, mas também o desenvolvimento econômico de Cuba, em um momento em que a população anseia por melhorias significativas em sua qualidade de vida.