O apagão teve início por volta das 11 horas da manhã, no horário local, e logo o Ministério de Minas e Energia confirmou que o sindicato dos eletricistas estava mobilizado para restaurar o fornecimento de energia. Em uma declaração pública, o presidente Miguel Díaz-Canel ressaltou que a resolução deste problema, que ele considerou de “alta sensibilidade”, é uma prioridade absoluta para o governo cubano. O presidente afirmou que medidas urgentes estavam em andamento para contornar a crise e voltar à normalidade o mais rápido possível.
Este colapso elétrico aconteceu poucas horas após um anúncio do primeiro-ministro Manuel Marrero, que informara sobre a suspensão de todas as atividades de trabalho não essenciais do Estado, uma tentativa de aliviar a pressão sobre um sistema elétrico já sobrecarregado. A situação crítica de energia é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo um déficit contínuo de combustíveis, um aumento na demanda por eletricidade e a obsolescência da infraestrutura energética do país.
Importante destacar que Cuba não havia experimentado uma paralisação total em sua produção de energia desde o furacão Irma, que em setembro de 2022 deixou a ilha mergulhada em escuridão por vários dias. Ao abordar a crise atual, Lázaro Guerra, secretário de Energia Elétrica do ministério, afirmou que as causas do apagão estavam sob investigação e que microssistemas estavam sendo planejados para reiniciar a geração de energia, embora os prazos para isso permaneçam indefinidos.
Além disso, o sindicato dos eletricistas havia previamente avisado sobre a necessidade de manutenção na central termoelétrica, tendo operado sob alta carga durante um verão particularmente quente. O cenário evidencia não apenas a fragilidade do sistema elétrico cubano, mas também a urgência de investimentos e reformas estruturais para garantir a continuidade do fornecimento de energia à população.