Especialistas do setor aeronáutico analisam que os impactos dessa crise orçamentária são profundos e abrangentes. Os efeitos já são sentidos em diversas áreas, como a suspensão de voos e a falta de suporte técnico, que são essenciais para a operação eficiente da frota. Além disso, o treinamento de novos profissionais e a realização de missões estratégicas estão comprometidos. A continuidade de programas que asseguram a defesa nacional também corre risco, o que levanta preocupações sobre a capacidade das Forças Armadas de responder a eventuais crises e ameaças.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, está chamando a atenção das lideranças do governo e do Congresso Nacional para a necessidade urgente de desbloquear recursos que permitam a recuperação orçamentária da FAB e o funcionamento adequado de todas as Forças Armadas. Em declarações recentes, Múcio enfatizou que o envelhecimento da frota aérea é um problema iminente. Ele alertou sobre a possibilidade de ter “marinheiro sem navio, aviador sem avião e soldado do Exército sem equipamento para lutar” se a situação não for revertida. O ministro fez um apelo para que o investimento nas Forças Armadas não seja considerado algo apenas institucional, mas sim um compromisso com a segurança e a soberania do Brasil, independentemente de quem esteja no governo.
Dessa forma, a situação atual da Força Aérea Brasileira não é apenas um problema logístico, mas uma questão de segurança nacional que exige atenção imediata e ações efetivas por parte das autoridades competentes. A defesa do país e a segurança de seus cidadãos dependem diretamente da manutenção e do fortalecimento de suas instituições militares. O momento pede um debate sério sobre a prioridade orçamentária e os futuros investimentos nas Forças Armadas.