Crise Política na Áustria: Chanceler Karl Nehammer Renuncia Após Fracasso em Formar Coalizão Governista



Neste sábado, 4 de janeiro de 2025, o chanceler da Áustria, Karl Nehammer, anunciou sua renúncia ao cargo, além de se afastar da liderança do Partido Popular Austríaco (ÖVP). A decisão foi desencadeada pela falência nas negociações para a formação de uma coalizão governamental, que buscava unir seu partido com os Social-Democratas (SPÖ) e o partido Nova Áustria e Fórum Liberal (NEOS).

As conversações entre as partes envolvidas não lograram êxito, levando Nehammer a comunicar que não houve acordo em uma tentativa de criar uma aliança sólida. Durante o processo, Beate Meinl-Reisinger, líder do NEOS, informou que seu partido optou por se retirar das discussões de uma coalizão tripartidária, o que complicou ainda mais a resolução da crise política.

O presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, fez uma declaração em que enfatizou a necessidade urgentemente de um entendimento entre o ÖVP e o SPÖ. Ele ponderou que, a fim de estabelecer uma maioria parlamentar diante da retirada do NEOS, seria imprescindível que os dois partidos buscassem uma terceira força política para que uma coalizão governista se tornasse realidade.

A crise política se intensificou após a autorização de Van der Bellen para que Nehammer tentasse formar um governo, em um cenário em que nem o ÖVP nem o SPÖ estavam dispostos a aliar-se ao Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), um partido de extrema-direita que obteve uma vitória expressiva nas eleições.

Na eleição realizada em 29 de setembro de 2024, o FPÖ conquistou quase 29% dos votos, o que representa sua melhor performance histórica. O ÖVP ficou em segundo lugar, obtendo cerca de 26%, enquanto o SPÖ alcançou aproximadamente 21%. Juntos, os dois partidos não conseguiram superar a marca de 50% dos votos, obrigando-os a buscar um terceiro parceiro, que, no caso, era o NEOS, que, por fim, também se retirou das tratativas.

A situação atual destaca a complexidade do cenário político na Áustria e a dificuldade em formar um governo coeso em meio a um panorama de fragmentação partidária, exigindo reflexões sobre os próximos passos a serem tomados para restabelecer a estabilidade governamental no país.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo