Crise no PT: Washington Quaquá anuncia candidatura à presidência e desafia apoiado por Lula



O cenário político do Partido dos Trabalhadores (PT) ganha novos contornos com o anúncio de Washington Quaquá, atual prefeito de Maricá e vice-presidente do partido, de que lançará sua candidatura à presidência da legenda. A oficialização da candidatura está marcada para a próxima terça-feira, dia 6, e promete acirrar a disputa interna, especialmente em relação ao ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que conta com o respaldo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e representa a corrente majoritária do PT, conhecida como Construindo um Novo Brasil (CNB).

Edinho Silva se apresenta como um dos favoritos na corrida, apoiado por figuras de destaque do PT, como o ex-presidente da legenda, José Dirceu, que se prepara para sua candidatura à Câmara dos Deputados, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, e os ministros Wellington Dias, Fernando Haddad e Alexandre Padilha. No entanto, essa base de apoio ao ex-prefeito não é unânime, e há vozes dentro da CNB que questionam se Edinho é realmente a pessoa capaz de unir as diversas facções do partido.

Recentemente, foi organizada uma reunião no Palácio do Planalto, com a presença de Lula, onde nomes alternativos ao de Edinho foram discutidos. Entre esses nomes estavam Humberto Costa, presidente interino do PT, Paulo Okamoto, presidente da Fundação Perseu Abramo, e os deputados Rui Falcão e José Guimarães. Essas movimentações sugerem que a disputa pela presidência do partido não será fácil e que há espaço para outras candidaturas.

Além do embate pela presidência do PT, a divisão entre a CNB e a corrente Favela, idealizada por Quaquá, também se prepara para a competição pela presidência estadual, onde Diego Zeidan, atual secretário de Habitação, e Alberes Lima disputam a liderança do diretório municipal do Rio de Janeiro.

Em março, a corrente majoritária do PT manifestou seu desejo por “unidade partidária”, e o Diretório Nacional ratificou um calendário com diretrizes específicas para as eleições diretas, previstas para ocorrer em 6 de julho. Essa será a primeira vez que as votações serão feitas por meio de urnas eletrônicas desde 2013, permitindo que todos os filiados até 28 de fevereiro de 2025 possam votar e ser votados, desde que não estejam impedidos por normas estatutárias. Em agosto, ocorrerá o Encontro Nacional do PT nos três primeiros dias do mês, com reuniões estaduais programadas entre 19 e 27 de julho, preparando o terreno para um embate que promete ser decisivo para os rumos do partido.

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