A crise, que começou a se agravar em setembro, teve início com explosões de dispositivos de comunicação associados ao grupo Hezbollah em diversas localidades, incluindo praças e supermercados. Estes incidentes resultaram em cerca de 40 mortes e em torno de 3.000 feridos, evidenciando a volatilidade da situação. Diante desse cenário, Israel lançou uma série de bombardeios, com foco particular no sul do Líbano e na capital Beirute.
Em uma declaração surpreendente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu ter autorizado os ataques com pagers, reconhecendo que a operação ocorreu apesar das preocupações levantadas por alguns membros do seu governo. Essa confirmação é vista como um ponto de inflexão nas hostilidades, já que anteriormente o governo israelense mantinha uma postura rígida quanto a estas ações.
Desde então, Israel implementou uma operação militar em terra, visando as forças do Hezbollah, que, por sua vez, continua a responder com resistência, realizando lançamentos de foguetes na direção israelense. A situação no terreno se torna cada vez mais complicada, com ambos os lados sofrendo perdas significativas.
Os objetivos de Israel incluem a criação de condições para o retorno seguro de aproximadamente 60 mil civis que foram forçados a abandonar suas casas devido aos combates. Contudo, a difícil realidade humanitária e a escalada de tensões tornam qualquer previsão de estabilidade bastante incerta.
O resultado desse conflito em curso não só agrava a situação humanitária no Líbano, mas também levanta preocupações sobre a possibilidade de um alastramento da violência na região, sublinhando a fragilidade da paz no Oriente Médio.